Às vezes acho engraçada essa minha dificuldade em escrever aqui com maior frequência. Eu tenho tantas inspirações diárias e quero digitá-las, mas simplesmente a coisa não procede. Não que eu fuja de compromissos, até assumo um número maior do que daria conta pela minha dificuldade em dizer não - inclusive para mim mesma.
E o problema não se restringe aos textos metidos a divagações deste blog, mas diz respeito a milhares de pequenos sonhos e interesses. As coisas só funcionam para mim quando eu não tenho outra opção. Preciso de um carrasco, uma forte necessidade financeira, emocional ou então só de um impulso que logo perde a força.
Para não dizer que a coisa é patológica, estou bastante satisfeita com os afazeres que tenho a manha de realizar rigorosa e diariamente. Tipo levar o cachorro para passear, ter decorado minha casa planejando cada detalhezinho, ganhar dinheiro para o meu sustento com as mesmas glórias de um funcionário do mês premiado com uma fotografia em destaque.
A questão é que os projetos paralelos, sejam profissionais ou simplesmente imaginativos, aqueles que me dão/dariam destaque individual além de grana e afeto familiar, esses vem e vão e eu raramente consigo prendê-los entre os dedos.
Finalizando com uma pollyanice e um elogio ao otimismo da vida marital, confesso que essa nuvem de afeto familiar que estou vivendo desde que me casei costuma soar tão suficiente como objetivo final de vida, que dificulta o empenho nos demais projetos. Vou reclamar?